A Porta do Banco
Na jornada humana acontece como na
entrada dos bancos: sem saber ou entender, paramos num determinado ponto e
ficamos girando, contudo retornando local inicial, sem avanço, sem mudança de
rumo. É como se tivéssemos algum peso, expresso na forma de sentimentos, segurando nossa evolução, o qual pode ser
constituído por mágoas, raiva, ódio, inveja, egoísmo, orgulho, egocentrismo,
mesquinharia, e tanto outros males que nos afligem e dos quais sequer temos
consciência. Somente no momento em que decidimos que precisamos prosseguir no
caminho, encontrar um rumo, uma mudança, um novo objetivo, é então que
percebemos a força da trava que nos impede de andar, e nos deixa rodopiando,
retornando à posição de largada. Será preciso abrir a alma e dela retirar toda
a negatividade de forma a nos possibilitar o movimento de andar e então
aportar numa nova etapa da existência e atingir as metas aneladas.
Entretanto, será constrangedor escancarar nossos sentimentos ocultos, mostrá-los a nós próprios, deixá-los desnudos, e o passo mais difícil, desfazer-nos deles. Afinal, estamos acostumados a carregar esses trambolhos. Contudo senão adotarmos essa atitude de desapego, continuaremos paralisados, trancados num espaço onde somos por todos observados, porém, sem que fixemos o olhar em nosso mundo interior. E assim, a porta permanecerá paralisada, cujo único movimento efetuado será o de retorno à entrada, onde para avançar teremos primeiramente que nos desfazer dos objetos inadequados que carregamos.
Um segurança, um amigo, um parente,
um estranho poderá apertar o controle para que retornemos até a posição inicial,
mas, nós é que deveremos abrir os compartimentos e retirar os objetos
inadequados que guardamos depositando-os no lugar apropriado. Posteriormente, desvestidos
dos excessos é que o portal movimentará, possibilitando a passagem rumo às
realizações.
Muito interessante a colocação do texto de Lourdes Thomé sobre 'fracasso/sucesso'... As portas se fecham porque não nos desapegamos daquilo que as emperra. E o que trava as portas é justamente o que carregamos sem 'nos dar conta' (inconscientemente). Nossas atitudes mentais que nos prendem com laços negativos ao passado pode ser a causa de não nos deliciarmos ao viver o momento presente. Uma vez livres daquelas amarras , projetaremos um futuro de benesses.
ResponderExcluir